segunda-feira, 28 de julho de 2014

Nova etapa do Brasília Tátil ensina sobre cooperativismo e empreendedorismo

Nesta segunda-feira (28/07), teve início mais uma etapa do projeto Brasília Tátil: Cultura Solidária! O curso agora é voltado para educação no trabalho e vai até 08 de agosto. Ao todo, serão três módulos. Nestas aulas, os deficientes visuais estão aprendendo sobre cooperativismo, empreendedorismo e muito mais, com a professora e jornalista Terezinha Pantoja!
Detalhe importante: este curso é obrigatório para os DV's interessados nos cursos de massagem expressa e massoterapia!





quinta-feira, 24 de julho de 2014

Curso de informática acaba nesta sexta-feira


Amanhã (25) termina o curso de informática do projeto Brasília Tátil. O professor Milton Peres ensinou o Windows básico e o uso da ferramenta NVDA, que é uma plataforma para leitura de tela! Iniciativa sensacional!

Acompanhe aqui as atividades pedagógicas do Projeto Brasília Tátil Cultura Solidária

     
 ATIVIDADES
PERÍODOS
PARTICIPANTES
LOCAL

Aula Inaugural

Duração de um dia
10/07 – manhã e tarde
60 pessoas entre alunos, equipe e convidados
FADM

Informática

14/07 a 25/07
Manhã e tarde
40 alunos
4 turmas com 10 alunos
ABDV

Educação para o trabalho
28/07 a 08/08
Manhã e tarde
40 alunos
2 turmas com 20 alunos
FADM
Massagem Expressa
11/08 a 05/09
Manhã e tarde
20 alunos
2 turmas com 10 alunos
FADM

Massoterapia

08/09 a 31/10
Manhã e tarde
20 alunos
2 turmas com 10 alunos
FADM

*Música (percussão)
Julho a Dezembro
Segunda - manhã
Quarta - tarde
Até 40 alunos
2 turmas

ABDV

terça-feira, 22 de julho de 2014

Deficientes visuais aprendem noções de informática por meio do projeto Brasília Tátil. Confira no link!

O vídeo mostra uma parte da aula sobre noções de informática para cegos, por meio do projeto Brasília Tátil!

Associação auxilia cegos a construir histórias de superação

ABDV existe há mais de 30 anos, motivando cegos a conviverem com a deficiência de forma autônoma

O dito popular: “se a vida te der limões, faça uma limonada” se encaixa bem na realidade do servidor aposentado da Câmara dos Deputados e atual presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV), César Achkar Magalhães. Dono de um extenso currículo de atuação, Achkar começou a perder a visão em virtude de uma retinose, doença genética progressiva na retina, e foi a partir disso que ele se deparou com uma realidade inimaginável.

“Não conseguia mais dirigir, batia o carro o tempo todo. Foi quando descobri essa degeneração da retina. Estava no último semestre da faculdade de artes, mas já não conseguia fazer os trabalhos. Na Câmara dos Deputados, também não me encaixava em nenhuma função em virtude da deficiência. Então eu me aposentei, desisti da faculdade e parei de dirigir, tudo ao mesmo tempo”, relata o servidor.

Mas a sucessão de problemas ocorridos com Achkar não o desanimou. As dificuldades se tornaram uma força propulsora para que ele pudesse avançar no convívio com a doença e buscar mecanismos para ajudar outras pessoas com a mesma deficiência que a dele.

“Anos depois descobri que o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV) atendia adultos e foi lá que aprendi novamente a usar computador, ler com lupa e usar a bengala. Naquela época, tinha uma professora voluntária fazendo um trabalho de argila com cegos e dali para frente tomei coragem, prestei novamente o vestibular, voltei para a mesma faculdade e formei como arte-educador”, relembra.

Após isso, em 2006, com incentivo de outra docente do CEEDV, o servidor aposentado da Câmara dos Deputados, em parceria com outros colegas de turma, decidiu se candidatar à presidência da ABDV e com isso aproveitar o seu conhecimento para auxiliar o próximo.

“O trabalho que fazemos aqui está relacionado à nossa própria história de vida, de superação, até por isso apoiamos muitos projetos culturais, pois foi por meio da arte que conseguimos avançar”, declara César Achkar.

Atualmente a ADBV sobrevive de parcerias, entre elas está o Sindilegis, que contribui financeiramente para manutenção da entidade. Para o desenvolvimento de projetos internos e até mesmo para manter a estrutura, a Associação também presta serviço para outras empresas na área de acessibilidade, como tradução em braille e projetos nesta área.

“A ABDV foi fundada por cegos, passou por muita dificuldade e o Sindilegis foi muito importante neste processo de renascimento da Associação. Sobrevivemos com uma filosofia de não pedir doações, justamente para evitar o reforço ao preconceito de que o cego é incapaz”, frisa o servidor.


Brasília Tátil
Atualmente a ABDV está à frente de um projeto inovador intitulado Brasília Tátil: Cultura Solidária. Em sua terceira edição, esta iniciativa, que começou com a inclusão dos deficientes visuais através da arte, agora está sendo voltada para a profissionalização e capacitação de 40 pessoas com deficiência visual e de baixa renda do DF.

O projeto oferece cursos gratuitos de massagem expressa e massoterapia. Como parte das disciplinas, eles ainda terão aulas de noções de informática, empreendedorismo, cooperativismo, além de passarem por um processo de socialização através da música.

“Priorizamos um curso que dê autonomia aos cegos. Não vamos ministrar apenas técnicas de massagem, vamos complementar com noções de direito, cidadania e cooperativismo, para que esse grupo que está se formando se fortaleça”, explica o presidente da ABDV.

A ABDV, em parceria com a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, também está com um novo projeto à vista: criação de um curso de arte educadore para cegos. A ideia é que deficientes de baixa renda também possam ser alunos desse curso. César Ackhar é um dos responsáveis pelo projeto.  Para ele, a satisfação de ver os seus colegas evoluindo é o que o motiva a prosseguir nesta jornada: “Quando lutamos em grupo, temos muito mais vitórias, pois a vitória do outro também é minha”, finaliza.


terça-feira, 15 de julho de 2014

ABDV realiza aula inaugural para capacitação profissional de cegos

Projeto Brasília Tátil: Cultura Solidária reuniu patrocinadores, apoiadores e turma de 40 deficientes visuais para explicar como será o funcionamento do curso com duração até dezembro

A Faculdade de Artes Dulcina de Moraes foi palco de uma belíssima iniciativa inclusiva na manhã da última quinta-feira (10): a abertura das aulas voltadas à capacitação profissional de deficientes visuais do Distrito Federal, por meio do projeto Brasília Tátil: Cultura Solidária. A iniciativa da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV), com patrocínio do Instituto Cooperforte, e parcerias com o Grupo Ecosol (entidade capacitadora), a Biblioteca em Braille de Taguatinga e o Sindilegis, visa dar oportunidade a este público para disputar um espaço no mercado de trabalho.

O projeto oferecerá aulas de massagem expressa e massoterapia para 40 deficientes visuais e população de baixa renda. Como parte das disciplinas, eles ainda terão aulas de noções de informática, empreendedorismo, cooperativismo, além de passarem por um processo de socialização através da música.
O presidente da Associação, César Ackhar, relembrou os momentos em que a ABDV precisava de doações para manter seu corpo estrutural no passado. E, depois de uma longa trajetória, a Associação já conquistou sua independência, viabilizando diversos projetos voltados para a inclusão do deficiente visual não só no mercado, mas na sociedade como um todo.

“Me sinto orgulhoso por estarmos cumprindo nossa função de trabalhar pela inclusão do nosso segmento e sem a necessidade financeira dos outros para conseguirmos alavancar nossos projetos. Estou muito feliz em ver esta ideia finalmente sair do papel e se materializar nesses 40 rostos presentes aqui hoje. O Brasília Tátil: Cultura Solidária não é um projeto da ABDV e dos nossos parceiros, mas sim de cada um de vocês aqui hoje”, ressaltou.

O Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, ligada à Secretaria de Direitos Humanos, Antônio José do Nascimento Ferreira, demonstrou todo o apoio e empolgação em relação ao projeto e acredita que o mesmo será uma peça crucial para futuras ideias neste segmento. “A inclusão por meio da empregabilidade dá um novo sentido para a vida de um público tão estigmatizado. Acredito que esta iniciativa vem no momento exato para se discutir políticas públicas que possam viabilizar cada vez mais melhorias aos cegos”, avisou.

Cursos à vista

Os locais para realização dos cursos gratuitos já foram definidos: as aulas de massagem expressa e massoterapia, bem como as de cooperativismo e associativismo, serão ofertadas na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, localizada no Conic. Como complemento da iniciativa, as aulas de informática serão na Biblioteca Braile em Taguatinga. A socialização por meio da música, no entanto, acontecerá na própria ABDV.

O presidente do Instituto Cooperfote, José Rogaciário dos Santos, ressaltou todo o apoio que vem oferecendo para o sucesso do projeto e acredita que iniciativas devem estabelecer uma continuidade para melhorar a vida de cada vez mais brasileiros.

“Queremos participar da transformação de vida das pessoas através da empregabilidade e da inclusão social e econômica. Não conhecemos a realidade dos deficientes aqui no Brasil, não da maneira que deveríamos compreender, e acredito que iniciativas como essa da ABDV são grandes pontapés para mudarmos essa realidade. É um grande orgulho poder fazer parte desta ideia”, avaliou.

A diretora da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, Ana Cláudia Pinheiro, revelou a felicidade da instituição de poder ceder não só a estrutura física para realização das aulas, mas em contribuir para a inclusão dos deficientes visuais de baixa renda no mercado. “Já estamos conversando academicamente com o César [Achkar] para podermos organizar, muito em breve, o primeiro curso de formação de professores para deficientes visuais naquilo que eles podem contribuir, dentro de escolas públicas e privadas”, revelou.



Também estiveram presentes o Subsecretário de Economia Solidária da Secretaria de Estado da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária do DF, Afonso Magalhães; o presidente da ECOSOL Base Brasilia, Eustáquio Santos, o Secretário-Geral do Sindilegis, Márcio Costa, e uma das membros-fundadora da Biblioteca Braille do DF, Dinorá Cançado.

Confira as fotos abaixo:












quarta-feira, 9 de julho de 2014

Seja bem-vindo!



A Associação Brasiliense de Deficientes Visuais - ABDV está com novo blog para manter todos atualizados sobre nossos projetos e como cada um vem melhorando a qualidade de vida dos deficientes visuais brasilienses. A ABDV é uma organização não governamental que busca promover a educação, profissionalização e inclusão das pessoas com deficiência visual em Brasília.

NOSSA MISSÃO

Trabalhar em prol do melhoramento da qualidade de vida das pessoas com deficiência visual, procurando criar espaços para a inclusão social e a formulação de políticas públicas que tenham imerso nelas os direitos fundamentais das pessoas deficientes.

NOSSA VISÃO

Ser em 2015 uma ONG reconhecida nacional e internacionalmente por seu trabalho na formulação de politicas públicas e projetos sociais em prol das pessoas com deficiência visual, também reconhecida por seu portfólio de serviços.

Informações gerais

Somos cerca de 200.000 pessoas com deficiência visual no Distrito Federal, sendo que a maioria de nós sobrevivemos com menos de um salário mínimo per capita, tendo como renda apenas uma pensão paga pelo estado e não estamos inseridos no mercado de trabalho.

Em todo o Brasil, apenas 323.200 pessoas com deficiência estão ativas no mercado de trabalho. Deste número cerca de 4% são deficientes visuais. Ou seja, apenas cerca de 12.000 pessoas com deficiência visual estão inseridas no mercado de trabalho, no País.

Criada para garantir oportunidade de trabalho para as pessoas com deficiência, a Lei 8.231 de 1991, prevê que as empresas preencham uma pequena parte de seus quadros com a contratação de pessoas com deficiência. Porém, nem sempre as empresas cumprem a Lei e a fiscalização do Estado nem sempre é suficiente. Além disso, mesmo nas empresas que contratam deficientes, é raro encontrar pessoas com deficiência visual em seus quadros de funcionários. Ainda é muito presente na sociedade o preconceito da ineficiência de uma pessoa cega ou com baixa visão, bem como o estigma da incapacidade dos mesmos.

Por ignorância ou desinformação acerca das potencialidades de uma pessoa com deficiência, milhares de pessoas com deficiência visual vivem enclausuradas em casa, convivendo apenas com a família, principalmente nas classes sociais mais baixas e no interior do País. Esta talvez seja a mais grave demanda do segmento, com relação a direitos humanos.

Frequentemente nos deparamos com testemunhos de pessoas com deficiência visual, que nos relatam terem vindo para Brasília, já na fase adulta, para aprender a ler Braille e se locomover com uma bengala. Porém se quer temos um dado oficial preciso sobre o número de pessoas vivendo nesta situação.

Horário de funcionamento: 08h às 17h – Segunda à Sexta-feira.

Contato:
(61) 3326-1745 e 3322-9718